A FONTE DE TODA A BÊNÇÃO
Lucas 15.11-32
INTRODUÇÃO
É desejo normal de cada cristão ser uma bênção. Quando as bênçãos de Deus operam em nossa vida, podemos ser uma bênção. Tem vida cristã aquele que procura fazer de seu próprio viver um motivo de bênçãos. Nisto o cristão segue o exemplo de Jesus Cristo, “o qual andou por toda parte, fazendo o bem” (At 10.38).
Na parábola do “filho pródigo”, descobrimos algumas das bênçãos que Deus tem reservada para os seus filhos, mais que não desfrutamos por achar que somos capazes de proporcionar-nos essas bênçãos através da nossa capacidade própria. Esquecendo-nos que a nossa capacidade vem do Senhor. 2ª Co. 3.5-6: não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa ou criar alguma coisa; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Mas afinal, o que vem a ser essa tal de bênção?
Voltando par ao texto lido, concluímos que:
1) NUNCA SE AFASTAR DA CASA DO PAI.
E o moço partiu. Tentando me colocar na cena do verso 13, fico vendo o moço partir pisando duro, apressado, sequer olhando para trás. Nos pensamentos dele não devia haver qualquer probabilidade de que talvez um dia precisasse voltar. Isso não estava no seu roteiro.
Ele foi ser o filho pródigo.
Deixa eu te dizer uma coisa: A prodigalidade humana com a herança divina é notória. “O que se desperdiça, acaba”, e o filho pródigo viu acabar a sua herança e com ela acabaram suas festas, seus amigos e tudo o mais. Acabou o seu projeto de vida. O grande e brilhante projeto de vida não previa o fim do dinheiro.
Tampouco, não continha informações sobre o que se fazer quando os tempos ruins chegassem. O filho pródigo ficou sem saber o que fazer. Passou a ser levado pelas circunstancias, e pelas circunstancias acabou junto aos porcos. Se ele soubesse que o seu pai o estava diuturnamente aguardando, desejando com fervor a sua volta, sentindo a sua falta! Ah, se soubesse! Quanta humilhação teria sido evitada.
(Vs.17-20) “E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Vou voltar para a casa do meu pai.
“Então saiu dali e voltou para a casa do pai. Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou e se moveu de íntima compaixão, e, correndo o abraçou, e o beijou”.
Deixa eu te dizer uma coisa: O que recebemos na “Casa do Pai” não é encontrado em nenhum outro LUGAR.
2) ASSUMIR A FALHA COMETIDA.
Parece que existem poucas pessoas dispostas a assumir os erros que cometem no dia a dia. A maioria prefere inventar uma desculpa qualquer, jogando a culpa em outras pessoas e atribuindo um erro a outros fatores externos, nunca demonstrando humildade e aceitar sua parcela de culpa num erro cometido.
Não é isso que acontece no esporte?
Não é isso que acontece no ambiente de trabalho.?
- “Ah!” “eu fiz o meu melhor, a culpa foi do juiz que deixou de assinalar um impedimento que acabou em um gol”.
- “Foi o meu colega que “marcou bobeira” e deixou o atacante adversário avançar e fazer o gol”.
- “O calor estava muito forte”, ou “o gramado estava horrível”.
A mesma coisa acontece no ambiente de trabalho. Quer ver alguns exemplos?
- Alguém não comparece a uma reunião agendada com antecedência. “Ah! Me esqueci. É que ando tão atarefado que esqueci que tinha agendado essa reunião”.
- Um assunto importante que havia sido discutido em reunião e precisava de uma ação ficou parado. “Não tive tempo de dar andamento nesse assunto”.
- “Porque não te enviei o documento? Foi justamente num dia em que o sistema ficou fora do ar” diz um funcionário.
- Alguém deixou de dar um recado importante de um cliente. Desculpa: “esqueci de anotar o recado porque estava cheio de coisas a fazer” diz o funcionário.
- A fatura não foi paga.? Desculpa: “nós descobrimos um erro nos dados da nota fiscal e não pudemos incluir no sistema de pagamentos da empresa. Não tivemos tempo de avisar o fornecedor. Também: “o pagamento não foi efetuado por culpa do sistema do banco”.
Mas no texto em que lemos não foi isso que aconteceu. O filho entendeu que a única maneira de reconquistar a confiança do pai seria admitir que errou.
(V.21) “E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.”
Deixa...: Quem é FILHO, nunca perde a condição de FILHO.
3) SERVIR AO PAI COM DEDICAÇÃO.
Há recompensas incomparáveis para nossa dedicação e serviço ao Senhor.
O que são recompensas?
- Prêmio dado em reconhecimento de um serviço, ou como sinal de gratidão, retribuição.
Se for Pai ou Mãe, dá uma bicicleta no fim do ano (se passar, é claro)
Se for o funcionário do mês ganha uma foto na parede (pensou em aumento?)
Quando o recompensador é Deus. O que ele dá aos filhos mais dedicados? Quais são as recompensas?
1ª Recompensa: ALEGRIA especial – peculiar. Os dedicados experimentam uma alegria especial.
São bem-aventurados. A alegria de ser usado por Deus – A alegria de ser útil para Deus.
POSSO AFIRMAR:Poucas alegrias na vida cristã se comparam à alegria de ser usado por Deus.
2ª Recompensa: FAZER e VER coisas extraordinárias. Os dedicados fazem e vêem coisas extraordinárias.
Diga a verdade: Você não gosta de ver coisas extraordinárias de vez em quando?
Autoridade espiritual:
- Expulsaram e subjugaram demônios.
- Os demônios se submetem a nós! – (10:17)
- Provavelmente eles pensavam que só Jesus poderia fazer isso.
Que autoridade tem o Nome de Jesus!
3ª Recompensa: Tem os NOMES ESCRITOS nos céus. Os nomes dos dedicados já estão na relação dos que vão para os céus
Sabe o que significa isso?
- Aqueles que servem a Deus tem seus nomes escritos no Livro da Salvação.
A palavra de Jesus é: Expulsar demônios é bom, mas ter o nome nos céus é melhor!
Exemplo: A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho (Evódia e Síntique), também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da Vida. (Filipenses 4:3)
Tinham defeitos, mas estavam servindo ao Senhor, e assim foram recompensados.
Pois no texto em que lemos, o filho estava agora prestes a receber a recompensa do pai. Parece estranho isso, mais se o pai resolve recompensá-lo é por que em algum tempo esse filho tinha sido dedicado ao pai. E toda dedicação precisa ser recompensada.
(Vs.22-24) “E, o pai disse aos seus servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.”
Quando servimos na casa do PAI usufruímos de bênçãos INCONTÁVEIS.
CONCLUSÃO:
Com Deus recebemos:
I - Uma ROUPA NOVA.
1º - O pai trocou as roupas do filho, deu-lhe um anel e sapatos, símbolos de que era um homem livre, não um escravo.
2º - Ele fez questão de não expor o filho, cobriu sua imundície, seu passado.
3º - As novas roupas deram ao filho um novo status; ele estava novamente identificado com o pai. A alegria do pai foi contagiante. Ele organizou uma festa. Mandou matar um novilho cevado, animal reservado para uma ocasião especial. O filho que estava morto reviveu!
II - Um ANEL NO DEDO.
ANEL (na comunidade hebréia): Símbolo de riqueza. O ANEL no dedo do filho pródigo: Símbolo da devolução da autoridade e da posição familiar perdida.
O filho outrora perdido, agora retornando pra sua casa, chegou sem o anel no dedo. Por quê? Onde e como perdera o anel? Vendera? Penhorou na hora da dificuldade?
NOS MOMENTOS DIFÍCEIS costumamos perder nossos melhores valores patrimoniais, morais.... SIM! Fazemos negócios com o Diabo, com os demônios, com a mentira, com o engano....
Mas.... o pai não tratou o filho como empregado. Não!!!!
Colocou-lhe um outro anel no dedo: Ele é meu filho! Estou devolvendo-lhe a filiação....a autoridade.
III - Uma NOVA SANDÁLIA.
As sandálias representavam liberdade e luxo. Só os livres podiam usá-las. Os escravos andavam descalços. O pai não confinaria seu filho ao interior de sua propriedade com medo que ele se distanciasse novamente. O pai estava dando ao filho o direito de entrar e sair quando quisesse.
O crente não pode e não deve viver descalço - Ef 6:15 . Não deve andar com o espírito abatido como se escravo fosse. Somos livres, somos filhos, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo...
Os pés nem sempre recebem a atenção que merecem, mas a sua importância é incontestável, especialmente por serem a base de sustentação de todo o corpo.
Se o pai, nesta parábola, fez questão de dar ao seu filho calçados, tanto para proteção de seus pés quanto para que ele tivesse uma vida confortável e digna. Quanto mais será o cuidado que nosso Deus tem com os pés do Seu povo.
Leia os seguintes textos:
- 1Sm 2:9 - Os pés dos seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas; porque o homem não prevalecerá pela força;
- 2Sm 22:34 - Faz ele os meus pés como os das cervas, e me põe sobre as minhas alturas;
- Ne 9:21 - De tal modo os sustentaste quarenta anos no deserto; nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se incharam.